quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A última carta

Oi, como tu tá? Não precisa me responder, ou melhor, é mais fácil pra mim se tu não responder.
Sabe, acredito que estou me desligando aos poucos de ti. Tua gargalhada gostosa agora tento me lembrar e nada me vem à cabeça, da tua voz já nem me lembro mais, mas aquele teu jeitinho especial de falar ainda levo comigo, só não sei mais até quando. O teu rosto ainda tá aqui guardado, mas agora estático, como nas fotos que vejo vez ou outra, já não como antes que me lembrava de cada gesto teu e cada expressão facial. Do teu beijo já não lembro faz tempo. Muitas bocas beijei depois de ti, tentando em vão encontrar alguma que encaixasse tão bem na minha quanto a tua. O teu olhar, ah! aquele teu olhar, que em um segundo me arrepiava toda e mesmo sem dizer nada eu sabia tudo que se passava contigo, esse sim eu vou lembrar. Lembrarei também de tudo que já vivemos juntos e tudo que aprendi contigo com muito carinho, só que agora com menos frequência do que antes.
Não estou escrevendo isso pra esfregar na tua cara que te esqueci, isso é minha forma de te dizer que nunca vou te esquecer, só não te lembrarei mais do jeito que era antigamente. Felicidades

sexta-feira, 15 de outubro de 2010


É por te querer demais que te deixo livre pra escolher se me queres também ou não. Só a liberdade da entrega pode trazer um amor sincero.

domingo, 10 de outubro de 2010

Percorro no escuro uma estrada que desconheço quase por completo, tampouco sei se vou saber voltar caso alguma coisa não saia como o imaginado. Ainda está difícil saber se estou andando sozinha rumo ao abismo ou se me acompanhas em direção a um lindo pôr-do-sol. Mesmo assim continuo caminhando sem pressa ou medo de voltar desacompanhada e com os joelhos machucados.